quinta-feira, 19 de abril de 2007

The Unnamed feeling



Este não é suposto ser um post giro. Nem sequer estou a escrevê-lo por estar irritado com alguma coisa.
Gostava de perceber que natureza será a minha que tanto me dá para ser dócil e meigo com toda a gente, mesmo aqueles que já me fizeram mal intencionalmente, como a seguir me transformo e não vejo nada sem ser raiva.
Na verdade, acho que sempre fui assim, mas cada vez mais esta minha faceta tem causado transtornos no meu dia-a-dia, como que a rasgar para a superfície, tornando-se cada vez mais evidente.
O cúmulo foi hoje, em que estava muito bem, acabei a tarde a beber uma cervejola com uma amiga, não haveria qualquer motivo para estar atrofiado.
Errado! Bastou um otário qualquer na estrada fazer uma asneira à minha frente para sentir logo algo a borbulhar dentro de mim, já não era eu.
Poderia tentar explicar isto como demónios interiores, mas nem eu sei o motivo para tal, simplesmente acontece e infelizmente cada vez com maior frequência.
Esta música descreve bem o que se passa dentro de mim, é só escutar:



Para toda a luz há uma escuridão, para cada ínfima porção de bem há um pouco de mal, nem mais, nem menos. Devo realmente ser muito bom porque o que me passa cá dentro é perverso, mau no verdadeiro sentido. E isso não me agrada.

2 comentários:

Ana Rita Centeno disse...

So se torna realmente mau se te deixares apoderar disso. Até là säo as palavras näo ditas, os stresses acumulados, as conversas atravessadas, as discussöes mal resolvidas, as saudades, a falta de algo... e tudo e tudo e tudo, que te deixam nesse ponto de ebuliçäo.
Näo dês muita importância a coisas täo pequenas, nem no que poderia ter acontecido... vive um dia de cada vez, saboreia-o com todos os teus sentidos e descreve o paladar de cada um... Säo dias maravilhosos quando os podes viver no seu todo!
Afinal o que era mais importante? A tarde com a amiga ou o otario na estrada?!? E o que foi que durou mais tempo?... Bem sabes que näo hà qualquer razäo para dares mais importância a alguém que näo conheces, num curto momento e onde nem aconteceu nada de mais. Vais mesmo deixar que seja esse o momento do teu dia?!?

Unknown disse...

Sabes o que te digo eu?? Sem frases poéticas nem adocicadas, mas com toda a minha frontalidade, falta de paciência para estados depressivos auto-infligidos e toda a minha amizade (um bocado abrutalhada às vezes, eu sei!)?
Digo-te deixa de ser parvo, vive o momento e ri-te das asneiras dos outros como nós nos rimos das tuas. Perfiro ver-te a vomitar sentado na esplanada do cafe do coreto, do que com aqueles acessos de fúria ou vagas de auto destruição e peninha de ti próprio... deixa de ser parvo pá!! Ficas muito mais giro, careca!!
Jinhos Grandes da baixinha, palmeiro, ana, tianika... é o k kiseres chamar ;P