sábado, 14 de abril de 2007

Diamonds and Pearls

Até aqui este espaço tem sido banal. Sem recorrer a menções a maminhas, sem nada de novo ou útil, apenas divagações sem nexo. Azar.
No entanto, considero que tem havido uma evolução interior. Passo a explicar:
Tenho conseguido canalizar a agressividade que me caracteriza para a escrita de uma forma mais racionalizada. A pouco e pouco vou desenvolvendo as minhas ideias de forma verbal mas com uma figura ainda imperceptível, sinal que ainda há muito caminho a percorrer. Como sempre.



No outro dia vi-me como uma ostra e nem foi pelo conceito de uma pedra com uma escarreta lá dentro, mas pela interpretação metafórica que lhe associei, uma casca dura mas frágil a proteger um interior apetecível aos predadores, a capacidade de transformar uma ferida numa pérola, forma da Natureza nos ensinar uma lição de como o que hoje nos fere amanhã cicatriza e depois nos tornará mais valiosos.

Hoje vejo-me como um bocado de carvão. O carvão é áspero, sujo e opaco. Sujeito a pressão modifica-se e torna-se diamante, muito mais valioso, de uma dureza ímpar e capaz de reflectir a luz de uma forma límpida, divina.

Em circunstãncias normais, em que o ambiente está estagnado, tranquilo, onde os mais conformistas se sentem descansados ou mesmo realizados, não há nada que possa causar a mudança do carvão nem a ferida da ostra.

É perante a adversidade que nos tornamos mais duros, mais brilhantes, mais preciosos.

Assim, quando outro diria basta, eu digo mais, confiante na minha força interior, no meu carácter e na minha perserverança para mostrar o quanto posso ser mais brilhante que os outros bocados de carvão, por ser mais valioso que as outras ostras.

Venham de lá os desafios!!!

2 comentários:

Ana Rita Centeno disse...

Agradou-me particularmente o facto de canalizares a tua agressividade de uma forma mais passiva, racionalizada e perceptivel.

O que dizes depois näo me surpreende pois jà te vou conhecendo e sei o quanto a tua força interior pode ser poderosa :)

meli@ disse...

há dias em k abandono o meu sonho de fazer perolas e so faço merda…e questiono perolas, ostras, mar e universo...
fazer perolas eh um trabalho duro de dedicaçao absoluta…e pra k? será o sonho de uma ostra embelezar o mundo sem pedir nada em troca? nao me parece…prefiro acreditar k a perola eh aquele tesourinho feito de pequenos nadas que guardamos com a vida dentro da nossa concha impenetravel. e k por cada dia que passa nos dah a tranquilidade de quem molda o barro da vida com as suas proprias maos …mas hoje procuro a minha perola e nao a sinto…

nao me vou mexer, pode ser k esteja por aki e amanha recomeço, nao me sinto capaz de começar uma perola nova hoje…tive um pesadelo estranho com um porco armado de ponta e mola. fez me alvorecer amarga…procuro o meu tesourinho e não o sinto...
se vejo um porco com a minha pérola matoo...
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